Solicitamos colaboraçom para reconstruirmos a História do Porto Quintela prévio ao assulagamento das Conchas

Até a construçom das Conchas foi um dos centros comerciais e hoteleiros mais importantes do Val do Límia.

Polo meio da povoaçom passava a N-540, construída por cima da Via Nova romana, que comunicava Ourense com a fronteira portuguesa. Toda a margem sul do Límia devia atravessar a ponte do Poldrado que a unia com Mugueimes, tinha que ir até Porto Quintela a colher a linha de autocarro que comunicava com Bande, Cela Nova, Ourense em direçom leste, e com Lóvios, Entrimo e o posto fronteiriço da Madalena em sentido oeste. Era pois um eixo estratégico da comunicaçom e transporte nacional e internacional de pessoas e mercadorias do sul do Val do Límia.

Em Porto Quintela estavam assentados alguns dos comércios e armazéns mais importantes do sul da província de Ourense. Destacava o Gran Comercio dos de Parada “Novedades en tejidos, paquetería, ferretería y otros artículos”, situado entre os pontos quilométricos 50 e 51, na confluência com o Poldrado, propriedade dos irmaos Hermindo e Lisardo Castro.

A unidade guerrilheira antifascista sediada em Castro Laboreiro -que começava a operar no Val do Límia-, realizou umha frustrada expropriaçom de fundos neste grande armazém 11 de novembro de 1940. A açom saldou-se com a morte de Hermindo Castro, e de Milagros, mulher de Lisardo Castro, além de dous combatentes, a consequência do tiroteio entre proprietários e empregados dos armazéns e os guerrilheiros.

 

Nas atuais ruínas das magníficas edificaçons de Porto Quintela que fôrom forçadas ao abandono, porque boa parte do perímetro da aldeia ficou assulagada polas Conchas, ainda podemos contemplar o que segundo diversas fontes e testemunhas consultadas, era o Casino da localidade.

Atualmente só ficam em pé as fachadas e parte do seu interior. Contam que neste lugar de ócio e lezer, nom só as élites desfrutavam do jogo, também os fascistas acordavam os nomes das vítimas do seu macabro plano de extermínio.

Necessitamos a colaboraçom de todos e todas vós para reconstruir a memória daquela etapa sanguenta, de miséria e sangue.

 

Para mais informaçom consultar

Armazéns “Gran comercio dos de Parada” de Porto Quintela

Setembro 8, 2020