Liborio Rodríguez Salgado, identificado como nova vítima do fascismo em Lobeira
A testemunha do José González “Pepe do Cuco”, vizinho de Facós, confirmou que Liborio Rodríguez Salgado, faleceu a consequência da brutalidade falangista.
O jovem labrego dirigia o Sindicato Campesinho de Facós, e era mui popular na aldeia e contorna porque exercia de escrivao para o povo. As suas dotes artísticas como debuxante eram famosas.
Com toda probabilidade foi quem desenhou o letreiro do sindicato elaborado em tábuas de madeira, que parcialmente ainda se conserva como altar da capela de Santiago de Facós.
O incêndio do julgado de Lobeira a início da década de quarenta do passado século, impossibilita obtermos a partida de nascimento, mas sabemos que era filho de Benito Rodriguez e Pilar Salgado, e tinha quatro irmaos.
O sicariato falangista utilizava-o como mula de carga das armas e petrechos empregues nos seus crimes noturnos.
Em dezembro de 1937, esgotado e rebentado, empapado em suor -após ter sido utilizado como “portador” obrigado-, foi lançado à poça de regadio da Madanela entre burlas crueis, nas proximidades de Facós.
Na partida de defunçom, inscrita polo juíz municipal Manuel López Conde e o Secretário Teodomiro Araújo Paz, aparece que faleceu no seu domícilio por “catarro pulmonar crónico” às 20h de 24 de dezembro de 1937, com tam só 31 anos.
Foi enterrado no cemitério de Sam Vicente de Lobeira numha tumba sem lápida.