Homenagem às vítimas do fascismo em Lobeira
Centenares de pessoas secundárom a homenagem às vítimas do fascismo em Lobeira, realizada na tarde do 8 de agosto.
O seu êxito é resultado do trabalho coletivo de meses, mas também do esforço militante dos companheiros e companheiras que preparárom o lugar para o seu desenvolvimento.
Ao ato assistírom os familiares de Santiago Álvarez Adán, Félix Salgado del Moral, Joaquim Dias Rodrigues e Nicanor Rodríguez Álvarez.
Na noite de 3 a 4 de agosto de 1936 fôrom executados três homens no ‘Poço do Inferno’ ou nos ‘Infernos de Parada’.
Situado no quilómetro 57.9 da antiga OU-540, a estrada que unia Ourense com Portugal, o ‘Poço do Inferno’ está à beira da velha central hidroelétrica das Conchas, no pouco acessível e belo canhom do rio Límia.
Porém, as suas mortes nom fôrom notificadas até dia 8 de agosto no Livro de defunçom do Registo Civil de Lobeira.
José Romualdo Iglesias, vizinho da rua Lepanto de Ourense, José Garcia Morán, vizinho da rua da Burgas de Ourense e Ramon Padrón Pardo, domiciliado na rua Cervantes, fôrom executados polos falangistas, após serem possivelmente ‘excarcerados’ da prisom de Ourense.
No caso de José Romualdo Iglesias temos constância de ter sido brutalmente torturado. O seu corpo apareceu com a língua e os testículos cortados. A sanha fascista nom tinha limites no verao de 1936!
9 de agosto o ‘Poço do Inferno’ passou de ser um lugar da infâmia, a ser um lugar da memória antifascista. Nas suas proximidades foi inaugurado um monólito com os nomes gravados de 12 vítimas do fascismo.