Eudósia Lorenzo

A 18 de julho de 1936 estala a Guerra Civil Espanhola. Na aldeia galega de Fradalvite, de um dia para o outro amigos tornam-se inimigos e o medo impera. Era aqui que vivia a jovem professora Eudósia Lorenzo com os seus pais, Agustín e Basilisa. No dia em que recebe uma ameaça contra a família senão pagar 50.000 pesetas aos falangistas, Agustín decide dar o salto para Portugal.

Anos mais tarde, Eudósia escreveria ao filho: “Partimos pela montanha até ao rio que faz a fronteira entre Espanha e Portugal; lembro-me que quando o atravessei, rolei pela erva cheia de alegria. Foi um dos melhores momentos da minha vida; com os meus 19 anos, temia uma morte sem razão; imaginava o meu corpo devorado pelos vermes; o que mais temia era ser violada por esses brutos analfabetos; em segredo, levava sempre um canivete (que ainda tenho) para cortar as veias do braço esquerdo antes de cair nas suas mãos”.

[1] Información obtida de portugaldelesales.pt/eudosia-refugiada-galega-castro-laboreiro/

Abril 5, 2018