Solidariedade com Manuel Garcia e o MEL

Comité pola Memória Histórica do Val do Límia aderimos ao Manifesto solidário com o companheiro Manuel Garcia, do Movemento Ecoloxista da Limia.
Pretendem acalar e intimidar a quem com coragem e persistência leva décadas denunciando a desfeita medioambiental que COREN provoca na nossa comarca.
Muita força Manuel!

MANIFESTO EM APOIO AO MOVIMENTO ECOLOGISTA DA LÍMIA
O vindouro dia 2 de março terá lugar no julgado de Ginzo de Límia o ato de conciliaçom prévio à demanda civil de COREN contra o companheiro do MEL [Movimento Ecologista da Límia], Manuel Garcia. A causa tem a sua origem numha suposta intromisom ilegítima no direito ao honor de dita empresa, por fazer “imputaçons falsas” contra ela num programa de “España Directo” emitido en setembro do passado ano. A empresa estima os danos e prejuízos num milhom de euros.

O MEL leva anos denunciando os efeitos da gadaria intensiva no val do Límia, a má gestom dos resíduos das granjas, o deterioramento das águas pola acumulaçom de nitratos e a eutrofizaçom das águas; e luitando pola proteçom da comarca, a produçom agrícola ecológica e a gadaria extensiva.

Os coletivos que assinamos este manifesto queremos mostrar a nossa solidariedade com o companheiro do MEL, ao tempo que a nossa surpresa porque se admita a trámite semelhante despropósito. Parece óbvio que, con este tipo de atuaçons, o setor da gadaria intensiva pretende fechar a boca a quem nos opomos a este modelo industrial e dizemos en voz alta o que pensamos das suas práticas.

A gadaria industrial tem repercussons ambientais inegáveis, especialmente sobre a água e sobre os solos. A quantidade de xurros e resíduos gerada por este tipo de indústria é um grave problema para as zonas mais afetadas.

Esta indústria é responsável por umha parte importante das emissons mundiais de gases de efeto estufa. Ademais, as grandes extensons de cultivos destinadas a produzir os alimentos para os animais criados de jeito intensivo provocam a desflorestaçom de enormes extensons no nosso planeta.

En Galiza há zonas, como a Límia, onde as consequências destas práticas suponhem um problema cada vez maior. O val do Límia absorbe cada ano mais de um milhom de toneladas de resíduos gadeiros, resíduos que em muitas ocasions nom son submetidos a nengum tipo de tratamento prévio; e que som vertidos mesmo em espaços protegidos, nas imediaçons de cursos de água, em balsas sem impermeabilizar, passando assim ao solo e contaminando este e os aquíferos. A gravidade da situaçom fijo jurdir novos coletivos que a denunciam, como a Plataforma Auga limpa xa.

É por este tipo de cousas que o Ministério para a Transiçom Ecológica vem de puxar das orelhas à Conselharia de Meio Rural, indicándo-lhes, mediante resoluçom, a necessidade de declarar como zona vulnerável a Límia. A resposta da Junta da Galiza nom foi, como seria de esperar, a adopçom de medidas de proteçom para a zona, senom a apresentaçom de alegaçons a essa resoluçom. Deste jeito, a Junta defende os interesses das grandes empresas do setor, aínda que seja a custa de desproteger o meio ambiente, assim como os interesses dos pequenos agricultores ou os da gadaria em extensivo.

Non é a primeira vez que em Galiza a indústria gandeira tenta tapar a boca a quem denunciam as suas más práticas. Já anteriormente houvo ativistas que recibérom ameaças de demanda, aínda que até agora nunca chegáram ao julgado.

Consideramos muito grave o ajuizamento do nosso companheiro, um ajuizamento que nom é outra cousa que utilizar Manuel como cabeça de turco para tratar de intimidar quem se atreva a falar. Nom pode ser que quando denunciamos práticas agressivas para o ambiente sejamos nós quem sente no banco dos réus. Nom pode ser que se sinalamos desfeitas queiram cortar o dedo que sinala, em lugar de frear essas desfeitas.

Nom vamos deixar que nos ponham a mordaça. Seguiremos denunciando as más prácticas da gadaria industrial, e luitando por umha produçom de alimentos racional e sustentável.

#NonÁGandaríaIndustrial
#NonNosVanCalar

Assinam este Manifesto:
1. A Ría Non Se Vende, rede de colectivos.
2. A Terra Non Se Vende.
3. Adega.
4. Adenco.
5. Agora Galiza-Unidade Popular.
6. Amigos da Terra.
7. Amigos das Arbores de Ourense.
8. Anova.
9. Asociación Ambiental Petón do Lobo.
10. Asociación Ambiental Senda Nova.
11. Asociación Cova Crea.
12. Asociación de Víctimas de la Justicia.
13. Asociación Fontaíña.
14. Asociación O Bión. Xinzo de Limia.
15. Asociación Pola Defensa da Ría, Pontevedra.
16. Asociación Sachos á Rúa.
17. Centro para a Resiliencia Pousadoira.
18. Colectivo Ecoloxista Luita Verde.
19. Colectivo Matogueira.
20. Comité pola Memória Histórica do Val do Límia.
21. Comunidade de Montes Veciñais en Man Común de Tameiga.
22. ContraMINAcción.
23. Ecoloxistas en Acción Galicia.
24. Greenpeace Galicia.
25. Grupo Común da Esquerda.
26. Grupo Municipal EU Son do Porriño – Son en Común.
27. Mesa de Equo Galicia.
28. O Grelo Verde, colectivo pola agricultura ecolóxica.
29. O Ouriol do Anllóns.
30. Organización Cerna.
31. Plataforma Auga Limpa Xa!
32. Plataforma Casalonga Limpa de Residuos.
33. Plataforma Monte Neme.
34. Plataforma pola Defensa do Rural. Ponteceso.
35. Plataforma Veciñal Mina Touro-O Pino Non.
36. Salva la Selva.
37. Salvemos Monteferro.
38. Sindicato Labrego Galego.
39. Sociedade Galega de Ornitoloxía.
40. SOS Groba.
41. Vaipolorío.
42. Verdegaia.
43. Véspera de Nada

Febreiro 28, 2020