Resistência armada antifascista e repressom no Val do Límia
A cavalo entre a década de trinta e quarenta do século passado, tal como relata Roman Alonso em “Saltando a raia. Guerrilla republicana no suroeste ourensán (1939-1943)”, agiu no Val do Límia umha unidade guerrilheira.
A sua constituiçom foi anterior à fundaçom da Federaçom de Guerrilhas de Galiza-Leom [Ferradilho, abril de 1942] e do Exército Guerrilheiro da Galiza [Abegondo, outubro de 1944].
Estava conformada e dirigida por militares do derrotado Exército Popular Republicano, refugiados em Castro Laboreiro, e por vizinhos do nosso Val.
Neste inicial processo de conformaçom das bases materiais da resistência armada antifascista contra o regime franquista, realizárom açons de expropriaçom para financiar-se.
A mais importante foi o falhido golpe contra os armazéns Parada, situados em Porto Quintela, geridos polos irmaos Hermindo e Lisardo Castro. À volta dunha dúzia de combatentes, umha parte uniformados, assaltárom 10 de novembro de 1940 estes armazéns, situados entre os pontos quilométricos 50 e 51 da velha estrada OU-540, na confluência com a ponte do Poldrado, que comunicava com Mugueimes.
Dous combatentes mortos e outros dous falecidos [Hermindo Castro e Milagros, esposa de Lisardo Castro], além de diversos feridos, som o resultado do confronto armado entre a unidade guerrilheira e os comerciantes e empregados que defendérom a tiros as suas propriedades.
Umha intensa operaçom de perseguiçom iniciou-se de imediato contra os guerrilheiros que se tinham repregado para a sua base em Castro Laboreiro.
Nos meses seguintes fôrom capturados polas forças repressivas e executados no processo de detençom.
Seis deles fôrom fusilados em Ourense após sumaríssimo julgamento militar sem garantia algumha.
Quatro deles eram vizinhos do Val do Límia:
-Francisco Domínguez, de Sta Cristina [Lobeira].
-José Fernández Alonso, de Sta Cristina [Lobeira].
-Gumersindo Delgado Gallego, de Porto Quintela [Bande].
Estes 3 fusilados em Ourense em 20 de outubro de1941.
-José Fernández González “Rizo”, de Entrimo, fusilado em Ourense 22 de dezembro de 1942.
Devemos acrescentá-los pois à lista dos 13 vizinhos do Val do Límia assassinados polo fascismo.