Em 1991 Fraga inaugurou em Bande o busto do falangista Eugenio Montes
Reproduzimos a informaçom que ‘La Región’ de 19 de setembro de 1991, notícia a inauguraçom do busto de Eugenio Montes o dia anterior em Bande.
Memorial hoje contrário à Lei estatal de Memória Democrática polo seu caráter apologético do regime franquista.
Eram as cousas de Fraga e do falangismo rampante que tentava seguir gerindo o rumo do regime posfranquista, que ainda hoje sofre essa pesada carga da tutela dos exfranquistas e exfalangistas reconvertidos gatopardianamente para seguir governando.
Ao ato nom faltou ninguém. Estava presente o alcalde de Bande, Amador de Celis (que foi até o Vieiro para recibir ao presidente da Junta), também o presidente da Deputaçom, Jose Luis Baltar, com o seu delfim, Tomás Pérez-Vidal. E persoeiros como Felipe Fernández Armesto, para glosar a figura do falangista homenajeado, acompanhado da sua esposa María Victoria Fernández España, da familia fundadora do meio hegemónico ‘La Voz de Galicia’, ao serviço de Fraga naquela nova reconstruçom da figura política do exministro franquista. Tampouco faltou umha representación da RAG e do Centro Galego de Madrid, daquela também redutos franquistas.
A publicaçom deste documento jornalístico vem a conto da tentativa de branquear a figura de Montes que se impulsiona desde a Deputaçom de Ourense, com o patrocínio da Junta da Galiza, e que toma como cenário a Fundaçom Curros Enríquez, entidade que preside o alcalde do Concelho de Cela Nova.
33 anos após aquela homenagem em Bande, na Fundaçom Curros Enríquez programou-se para este próximo sábado a apresentaçom de um livro sobre Eugenio Montes, patrocinado por institucions públicas, no que é um claro desafio à Lei estatal da Memória vigorante
Desde o Comité pola Memória Histórica do Val do Límia e o Comité da Memoria Histórica da Comarca de Celanova levamos tempo alertando sobre esta tentativa de lavado de cara a Montes e, a través dele, do franquismo.